terça-feira, 27 de novembro de 2007

É HOJE!!!

(Layout da apresentação by Line)

Por volta das 16h, estarei apresentando à banca o resultado de meses de trabalho árduo.

O sono não chega, mesmo tendo passado duas noites sem dormir. Alguém quer, por favor, dizer ao meu copro que pra eu estar bela e inteira "amanhã" ele precisa colaborar e relaxar???

Pra completar minha listinha de coisas que estão dando errado, desde ontem que meu pc não liga. O diagnóstico do "doutor técnico" é que a fonte queimou. E foi trocada não tem nem 4 meses completos. (Estou usando o pc do filhote).

Acho que agora já chega, né? Tá na hora de acontecer "coisa boa".

Boa noite. E boa sorte. (Só pra ficar com "cara de filme"!)

sábado, 17 de novembro de 2007

Tudo pra Ti

Na minha pasta de músicas do e-snips, a descrição está assim: "Músicas que fazem a trilha sonora da minha vida, embalam meus sonhos, fossas e celebrações." E hoje quero repartir com vocês a música que encheu meu coração, nesse dia, que se tornou "dia de celebrar"!!!

Tudo pra Ti (Clique para ouvir)

Em cada dia, Senhor, te buscar
Cada momento Teu nome louvar.
Meu pensamento cativo levar
Tudo, ó Cristo, pra Ti.

A minha vida e tudo o que sou
É teu, Senhor, eu Te dou.
Tudo o que tenho, talentos e bens
São teus, Senhor, Tu os tens!!!

Cada palavra que eu venha a dizer,
Todas as coisas que eu possa fazer
Sejam repletas de glória a Teu Ser.
Tudo, ó Cristo, pra Ti!!!

Sei que não está claro (ainda) o motivo da minha alegria, excitação e gratidão a Deus. Mas vou contar. Acabei de receber via e-mail uma cópia de um dos pareceres da minha mono. Vou transcrever algumas partes, porque não dá pra engolir sozinha esse banquete de alegria.

A partir de uma consistente fundamentação teórica e histórica, a aluna apóia-se na observação e em instrumentos da história oral e faz um levantamento da emissão – centrada na pessoa de seu proprietário - e da recepção da Maré Mansa – transeuntes, comerciantes de outros boxes do Terminal Rodoviário, vendedores ambulantes. Em seguida, compara-as a práticas tradicionais e, após eliminar a possibilidade de tratar-se de emissora ou mesmo circuito fechado de TV, e por também não apresentar as características de cada um dos diversos modelos de emissoras radiofônicas, conclui tratar-se de um modelo híbrido, embora mais próximo do rádio, que não atende ao papel que se quer para o meio em uma sociedade. Nas palavras da aluna, “não tem a voz da comunidade (...) e nem se integra a ela, agindo apenas como emissor, sem se preocupar se há efetiva recepção de sua mensagem”.

(...)

Além de contribuir para os estudos de mídia e levantar questionamentos como os citados acima, o trabalho destaca-se, também, pela coragem da aluna ao dedicar-se a um objeto de estudo aparentemente anacrônico e completamente desprovido de glamour. Seu faro de pesquisadora, já revelado desde o período de Iniciação Científica a fez sair dos muros da Universidade e buscar outras formas de comunicação que não as tradicionais; impulsionou-a a ir além das grandes redes de comunicação e seu rico aparato tecnológico que leva mensagens à escolha do usuário no conforto de sua casa, para estudar a informação que chega precária e compulsoriamente a um razoável número de pessoas obrigadas a usar o transporte público. Anabel detectou que, apesar de desprestigiado, o meio híbrido chamado Maré Mansa é um sintoma da realidade social da região ao qual não pode ficar alheio o profissional de comunicação comprometido com a transformação social.

Finalmente, quero destacar: o detalhamento da metodologia aplicada; a elaboração cuidadosa do sub-capítulo Memória e Identidade; o uso das entrevistas, apresentando a fala dos sujeitos sempre seguida de comentário e inserindo-a no contexto da discussão; a qualidade do material que ilustra a monografia, como as fotos e os arquivos sonoros. Pelo exposto acima, considero a aluna Anabel Silveira Cavalcanti APROVADA.


Nem sei dizer o tamanho da minha felicidade, acho que é bem maior do que o da angústia de quem espera ser avaliado. Não quero aqui me exibir nem tripudiar em cima de quem ainda está aguardando, mas não é todo dia que a gente recebe uma avaliação nesse nível, e eu precisava mesmo dividir com quem acompanhou minha agonia nos últimos meses.

E agora, depois da bênção recebida, quero devolvê-la a quem a deu.

Tudo, ó Cristo, pra Ti.
Tudo que isso me traga de lucro, todo reconhecimento, toda felicidade... tudo pra Ti.
Tu, que me criaste e me sustentas a cada dia,
Tu que controlas minha mente tão falha...
Tu que permitiste minha caminhada até aqui,
Tu que puseste em meu caminho pessoas a incentivar, apoiar e mesmo empurrar pra frente...
Tu que permitiste impecílios e obstáculos...
Tu que me tomaste pela mão para superá-los, um a um...
Tu que ainda reservas para mim "muito mais abundantemente além do que eu possa pedir ou pensar"...
Recebe o meu louvor, a minha adoração,
e continua a alimentar o meu coração agradecido e faminto de Ti.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Agradecimentos

Se este trabalho fosse um bebê, teria nascido de parto prematuro, após muito tempo de tentativa da mãe em engravidar. Um pré-projeto que foi como uma inseminação artificial, num período de minha vida em que a saúde, fragilizada, apontava como um grande empecilho para que a criança nascesse. Mas, nesse tempo, estiveram presentes pessoas importantes que não me deixaram desistir, seja me dando atendimento médico domiciliar, ou tratando de meus assuntos acadêmicos junto ao colegiado de Comunicação Social na UESC.

Se este trabalho fosse um bebê, agradeceria por contar com uma “equipe médica” maravilhosamente disponível em fazer com que ele viesse à luz. Uma psicóloga que foi mais do que profissional, foi amiga. Uma parecerista que foi além de seu papel, provendo bibliografia via fotos enviadas por e-mail e incentivo extra a todo o momento. Um orientador que conseguiu ser extremamente calmo e calmante em meio às crises de estresse durante a “gravidez”. Uma “equipe de enfermagem” que cuidou da revisão ortográfica e de formatação, por puro amor de amiga e de irmã.

Se este trabalho fosse um bebê, teria avós corujas que incentivaram e cuidaram de mim durante todo o tempo, não somente da “gravidez”, mas da vida toda. E para eles seria o seu primeiro sorriso.

Se este trabalho fosse um bebê, seria extremamente feliz em ter os irmãos que tem, especialmente a mais velha, que além de acompanhar a mãe em visitas ao universo da pesquisa, vivenciou cada detalhe, cada passo, sendo a maior visualizadora da beleza do que estava por nascer. E agradeceria ao irmão mais novo o tempo que roubou da mãe e pediria desculpas pelas vezes em que ela se “destemperou” por estar assoberbada com tanta coisa para ler e entender até o dia de hoje, quando a criança finalmente nasceu.

Se este trabalho fosse um bebê, seria difícil encontrar um padrinho e uma madrinha para ele, pois foram tantas as pessoas que se dispuseram a ouvir

ii

extenuadamente sobre um assunto que não lhes dizia respeito, ler pedaços do texto escrito, segurar na minha mão e incentivar, torcer, apoiar...

Se este trabalho fosse um bebê, seria recebido com alegria por “tios e tias do coração”, que ansiaram pela “libertação” da mãe, dessa “barriga” tantas vezes incômoda, que impediu noites de sono tranqüilas, passeios, idas ao cinema, conversas no MSN e até escrever no blog. E abriria um sorriso lindo para todos eles!

E se este trabalho fosse um bebê, ele já nasceria com a consciência de que o Doador da Vida merece toda gratidão e todo louvor, pois sem Ele nada disso seria possível.

Eu disse “se este trabalho fosse um bebê”??? Pois para mim, é exatamente isto, um filho que está nascendo, com dor, sem um pingo de anestesia, mas vai encontrar uma mãe absolutamente feliz por ter conseguido chegar ao fim do trabalho de parto com alguns fios de cabelo brancos a mais, mas realizada. E sabendo que outros filhos virão, porque a conquista de hoje não é a primeira e está longe de ser a última.

Este foi o texto dos agradecimentos do meu TCC entregue hoje,

31 de outubro de 2007.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Finished! (Almost!)

Hoje passei por dois momentos distintos e intensos. Primeiro, achei que tinha acabado, terminado, finalizado tudo. Só faltei sair pulando pela casa, o que não fiz por estar com o tornozelo doendo muito, fruto das muitas horas sentada em cima dele, enquanto estou diante do computador.

Depois, a frustração por descobrir que apesar de ter conseguido fazer hoje a finalização do texto, a introdução, epígrafe e os agradecimentos... ainda faltava algo muuuuuuuito importante: O título!!! e o resumo, em língua vernácula e em inglês. Aaaaaaaaaahhhhhhhhh!!! A decepção foi maior do que a alegria! E não deveria ser! Eu deveria continuar feliz e satisfeita por ter dado por concluída a maior parte do trabalho, quando faltam 15 dias para o prazo de entrega.

Mas é assim... a gente sempre dá mais valor para o sentimento ruim... infelizmente.

Bom, vou deixar quieto, por agora, e vou tentar relaxar e pensar no que já fiz em vez de pensar no que ainda falta.

Modéstia à parte, eu gostei de como coloquei os agradecimentos. Hoje fiquei um tempão na biblioteca lendo as dedicatórias e agradecimentos de várias monografias. E no caminho de volta pra casa, no busu, tive o insight de como fazer os agradecimentos, de maneira que as pessoas interessadas se reconheçam nele, e fique um pouco a minha cara, afinal de contas, é a única parte que pode ser do jeito que eu quiser, literalmente.

Mandei por e-mail para algumas pessoas. Pensei em colocar aqui, mas desisti. Quem sabe, num outro momento?


segunda-feira, 15 de outubro de 2007

De volta pro aconchego

Post copiado e adaptado, já que narra o fim da epopéia

Gente, quase morri sem escrever no meu blog original. Sei que já expliquei antes, mas a coisa foi feia, mesmo. A cabeça não funcionava pra NADA, com a pressão da mono, que não é pequena. Nesse tempo li muito, algumas coisas com bastante atenção, outras no tipo "leitura dinâmica", tentando vasculhar um livro de 300 páginas pra ver se nele havia algo que me interessava. Nunca passei tanto tempo na biblioteca da UESC como agora (e fiquei uma mocinha: não atrasei a devolução de livro nenhum!!!). Também o meu orientador me proveu de livros, acho que tem uns 6 dele aqui em casa.

Mas o fato é que li, até me entupir de teorias sobre cultura, história oral, memória, rádio... algumas coisas estou dominando bem, outras nem tanto. Redigi cerca de 35 páginas, ainda faltando os elementos pré-textuais e a introdução. Juntando o texto com os anexos, estou com 50 páginas prontas. Pode parecer pouco, mas não é não, posso jurar. Andei fuçando outras monografias do meu curso na biblioteca, e é essa a média mesmo. Então não vou me estressar não. Acho que tem conteúdo suficiente, claro que sempre pode ser melhor, mas... estou ficando satisfeita.

Procurei ir formatando logo de início, pra não sofrer demais no final. E o abençoado Office 2007 é a glória para as referências e notas de rodapé! Quem já tentou, sabe quanto é difícil fazer "à mão". Pois o bichinho insere o número e a nota correspondente, e se alterar o texto ou a página, ele muda automaticamente, renumera e tudo. Uma felicidade! E abençoada a mão que me deu o CD de instalação!!!

Bom, no momento estou esperando a correção do meu orientador da versão final (os arquivos são salvos com os sugestivos nomes de"texto final em 30 de setembro", "texto final em 5 de outubro", e ultimamente, "texto final corrigido em 11 de outubro", que foi o encaminhado para o orientador. E fiz isso de caso pensado. Entreguei bem na véspera do feriado, pra aliviar a consciência e poder pegar uma prainha sem culpa, já que não posso fazer nada enquanto ele não mandar o retorno. (Eu sou qualquer coisa, mas menina bobinha, não!!!)

Dessa forma... consegui minha carta de alforria provisória para esses dias, e aproveitei. O álbum do orkut está recheado de fotos feitas em sessões diversão, na praia, na baía do Pontal e até num parquinho, comemorando o dia das crianças. ;)

Mas vou aqui fazer uma confissão. Apesar do afastamento do blog, não fiquei só na mono, não. Tinha horas que travava, e era impossível pensar em Barbero, Bosi ou na SMM. Então... assisti toda a primeira temporada de Heroes e as duas temporadas de Prison Break. Era o alívio da tensão. E não dava pra aliviá-la escrevendo aqui, porque a cabeça não funcionava pra produzir, mas pra receber, ainda dava. Essa é a justificativa. *Cara de quem fez travessura* Ah, em compensação não assisti nem um pedacinho da nova novela das 8, que agora, por conta de não ter horário de verão, é às 8 mesmo! ;)

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Só atualizando...

Puxa, não pensei que já tivesse tanto tempo sem aparecer por aqui!

As coisas estão andando, meio devagar mas estão. Ontem tive outro encontro de orientação em grupo, e fiquei até mais aliviada de saber que estou caminhando, enquanto alguns colegas estão em "ponto morto", ou simplesmente "enrolando".


Semana passada a orientação foi na Biblioteca Pública, aqui no centro da cidade, o que pra mim foi uma experiência muito gostosa. A Biblioteca (que na época não era pública) foi onde minha mãe trabalhou desde que eu era bebê, e era onde eu passava o turno contrário ao da minha aula, invariavelmente. Os livros ainda são os mesmos, com alguns acréscimos. Agora a biblioteca ocupa todo o prédio do que antes era um "Grupo Escolar", mas ainda assim me trouxe muitas (e boas) recordações. Line foi comigo, e leu "Gota D'água", o roteiro da peça de Chico Buarque e Paulo Pontes, enquanto o prof. e eu resolvíamos nossos assuntos.


Comecei a escrever, desordenadamente, como boa DDA, e comecei todos os capítulos de uma vez, um pouco de cada. Já tenho 17 páginas no total, e estou percebendo que meu trabalho final não vai, de maneira alguma ser "gigante". Mas certamente vai ter conteúdo. Já li e reli o que escrevi "n" vezes, e sabe que gostei? Às vezes fico assustada de ver que fui eu mesma quem escrevi isso tudo...

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Orientação sozinha e em grupo

Sexta passada tive o primeiro encontro oficial com meu orientador. Mostrei o que já tinha feito, os dados colhidos, os fichamentos... e (surpresa!) descobri que nada do que eu fiz foi perdido! Pelo menos isso.

Arrumamos juntos um "pré-sumário", chegamos a algumas conclusões um tanto quanto trágicas... mas acho que de todo jeito foi produtivo. Peguei mais um livro na biblioteca (o prof. pegou pra mim, pois eu esqueci de levar a carteirinha), mas quando cheguei em casa não consegui lembrar "o quê" eu tinha que achar nesse bendito livro. Amanhã saberei! kkkkkkkk

Hoje tivemos a primeira orientação em grupo, metade da sala (em ordem alfabética). Teríamos que levar a bibliografia e o pré-sumário, mas nem todo mundo levou, normal. Cada um falou de suas dificuldades e progressos, eu, pra variar, falei muito. Acho que foi produtivo, também. A próxima é daqui a 15 dias.

Hoje eu tinha planejado ir fazer a pesquisa de campo pra saber se as casas no alto próximo do terminal pegam o canal 24, como o Sr. emiron disse. Mas choveu e fez frio, confesso que simplesmente amoleci. Espero que amanhã o dia amanheça mais favorável a um programa desses, porque é uma senhora subida, e tem que ser a pé, pois não tem qualquer lugar pra estacionar o carro. É claro que vou arrastar a filhota comigo, afinal de contas, companhia nessas horas é indispensável.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Conheça o universo da pesquisa






Hoje voltei ao terminal, disposta a destrinchar tudo o que pudesse sobre as discrepâncias que estava percebendo entre o que diziam o Sr. Emiron, a filha e minhas observações. Também fui disposta a fotografar, com ou sem permissão. Ainda bem que consegui "com".

A parte que é da série "seria cômico se não fosse trágico", é que todos os entrevistados no entorno do terminal foram absolutamente contrários a tudo que diz respeito à radio. Eu não sabia se ria ou se chorava... Enfim, já comecei a redigir alguma coisa, vou mostrar pro meu orientador na quinta feira.

sábado, 1 de setembro de 2007

O cúmulo da descaração

Encontrei no meu scrapbook do orkut:

Clique para ampliar

Ah, me deu uma raiva tão grande... Não deu pra copiar o meu scrap, porque a criatura apagou imediatamente ao receber, mas respondi mais ou menos assim:

Sorry...
Eu acho que o TCC é a comprovação de que um curso sério foi bem feito e com responsabilidade. Sendo assim, pode deixar, que EU MESMA FAÇO POR MIM.
Dispenso esse tipo de ajuda, que nada mais é do que desonestidade.


Depois de responder, fui ver o "perfil" da criatura. Vejam só:


Clique para ampliar

E não é segredo que isso existe... mas quando chega assim perto da gente desperta uma gana de justiça, que vou te contar...

Amanhã eu falo sobre a orientação de sexta.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

A filha

Hoje fui - sem avisar - procurar a filha do Sr. Emiron, Crisvânia, que assume a rádio à tarde. Pelo menos ela fica mesmo lá, e sei que o papo com ela será mais tranquilo e vai render.

Conversamos pouco mais de meia hora, e deu pra descobrir algumas coisas que o pai não tinha nem pensado em me falar. Hehehehe... e assim vamos progredindo. Já tenho um tópico pra falar (a sucessão no trabalho, pelas filhas) com suporte teórico, conseguido hoje na biblioteca da UESC.

Listinha de livros pegos hoje:

1. BARRETO, Maria Letícia - Admirável mundo velho. São Paulo: Ática, 1992
2. BOSI, Ecléa - Memória e Sociedade - Lembranças de velhos. São Paulo: Cia das Letras, 1994.
3. VALLE, Edênio e QUEIROZ, José J. (org.) - A cultura do povo. São Paulo: Cortez, 1988.

O que já estava na mão:
4. COGO, Denise Maria - No ar... uma rádio comunitária. São Paulo: Paulinas, 1998.
5. LOPES, Maria da Conceição Silva - A era do rádio grapiúna: Década de 60. Ilhéus: UESC, 2001.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Continuando...

... com os anunciantes.

Hoje foi o dia de sair em busca dos que têm contrato com a emissora. Fiquei meio chateada por achar que o "Cantinho caipira" era um restaurante no centro, mas não era... é lá na zona sul, fica pra outra vez. Mas fui na Brito's Farmácia, Camaleão Pet Shop, Açougue Ávila e Tec Gás, todos no centro da cidade.

Semelhanças e diferenças entre eles: nenhum foi lá ouvir a propaganda, nenhum conhece o serviço de sonorização "ao vivo"... apenas o dono do açougue disse que já passou por aqui e ouviu a rádio, mas não ouviu a própria propaganda. Alguns também anunciam nas rádios AM (Bahiana e Santa Cruz) e os preços das AM são os mesmos para todos, ao contrário do preço da SMM: Cada um paga um valor diferente (Varia de 50 a 100 reais). Nenhum sabe ao certo quantas inserções diárias são feitas, nenhum tem contrato assinado, apenas a confiança do acordo oral. Um dos anunciantes disse que foi por amizade ("ele compra carne aqui, eu anuncio lá...") outro anuncia porque é primo... enfim.... é menos comercial do que aparenta ser.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

A parte comercial

Aproveitei que fui ao centro hoje e fiz contato com um dos anunciantes. Surpreendentemente... a resposta foi: "eu nem fui lá ouvir essa rádio. Mas ele passou por aqui, ofereceu... e como eu sei que o fluxo de pessoas ali é grande, resolvi fazer lá também, da mesma maneira que faço propaganda em outras rádio-postes e AM e FM também."

Segundo ele, vale à pena, por ser um custo barato (cerca de 1/5 do valor pago na emissora AM) e por se fazer também a permuta com material vendido na loja (Andrade Multicompras). Também tem tido retorno, uma vez que os clientes comentam que ouviram lá. Bem, o combinado foi de ter uma exibição de hora em hora, mas na manhã em que eu sentei lá pra ouvi, em meia hora, três spots. Aliás, o spot deste anunciante é o mesmo que é exibido nas outras emissoras, e já cedido em mídia para elas.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Senta que lá vem história

Hoje finalmente conseguimos fazer a matrícula, que estava pendente por conta do santo professor de Mercadologia que ainda não tinha lançado as notas no sistema. E foi também o dia do primeiro encontro da turma toda com o professor que vai... digamos... orientar de maneira geral na elaboração do nosso TCC.

Recebemos, do colegiado uma listinha com os nomes dos 32 formandos deste semestre. Acho que é a maior turma que já formou, mérito de Givaldo, que reprovou um bocado no ano passado, e de Cosme que aprovou todo mundo nesse semestre. Bom, divididos em dois grupos, cortada a lista pela metade, na ordem alfabética, teremos três encontros cada grupo, e depois "ensaio geral" da apresentação e pronto, cabou! Já tá na hora de enfrentar a banca.

Hã????? É, eu também me assustei, mas é isso mesmo. Olhem o cronograma:

30 de outubro: Entrega no Colegiado de três cópias da monografia da 1ª versão para o orientador e pareceristas

29 e 31 de outubro: Ensaio geral

26 a 30 de novembro: Apresentação pública (ordem alfabética) no Auditório de Direito, das 13:30h às 18h.

Teve de tudo: Crise de riso nervoso, vontade de chorar, pânico, desespero... O cronograma APROVADO no projeto incluía dezembro na redação final. E agora descobrimos de repente que tem que estar tudo pronto dia 30 de outubro. É de lascar... mas vamos pra frente, que atrás vem gente!!!

Depois da aula ainda tivemos as informações sobre a formatura. O melhor orçamento conseguido ficou em R$ 1.750,00 pra quem quiser a colação de grau e o baile com 15 convidados, e R$ 450,00 pra quem quiser só a colação de grau. Nem preciso dizer que a minha é a segunda opção, né? Pelo menos, é dividido em 5 vezes.

Depois de passado o choque inicial, o que se ouvia era: "preciso tomar uma!!!" E até eu disse. Fiquei doida por uma coca... E não deu outra. Saímos direto pro "inferninho", um barzinho que fica do outro lado da pista, e numa riqueza sem tamanho, catou-se 2 reais de cada um... e a farra começou. Com brinde "ao sucesso", "à mono" e afins, com direito a dizer besteira, resenhar, contabilizar as "pegadas", fazer confissões... enfim, um tempo bem gostoso! (Fotos pra registrar!)



Bom... não acabou por aí. Eu ainda tinha uma entrevista agendada com o Sr. Emiron para a noite. E ele mora lá mesmo, no Salobrinho, onde fica a universidade. Então, resolvi que ia ficar direto. Eram pouco mais de 5 da tarde quando o pessoal foi embora, e eu comi um acarajé e rumei para a biblioteca. Aproveitei para ler "Memória e Sociedade - Lembranças de velhos" de Ecléa Bosi, fiz o fichamento, já pensei em algo para a introdução do meu texto. Beleza.

Deu 7h e eu fui andando pra procurar a casa dele. Fui devagar, pra não chegar cedo demais, já que tinha ligado pra confirmar, e ele insistiu: "somente às 19:30h". Tá bom. Só que eu não imaginava que era tão longe, e que o Salobrinho era tãaaaaao grande. Andei 40 minutos e perguntei mil vezes onde ficava a "travessa Beira Rio", pra ouvir: "lá... depois da ladeira, à direita." E "ali, depois do campo de futebol..." e depois: "lá embaixo... no final." na última vez que perguntei a um grupo de pessoas que estava na frente de uma bar, uma voz me surpreendeu: "é lá na minha casa que você vai!" Era a esposa do Sr. Emiron, que estava no telefone público, e graças a Deus por isso, porque eu não teria encontrado a casa, se não fosse com ela. Finalmente cheguei.

Conversamos quase uma hora, gravei com o mp3, não tenho certeza se prestou, mas por via das dúvidas fui anotando tudo. Algumas discrepâncias com referência a datas, mas eu tinha acabado de ler sobre isso no livro de Ecléa Bosi e não me assustei.

Bem, a volta foi um pouco menos assustadora, pois pelo menos eu já sabia o quanto iria enfrentar andando até o ponto final do ônibus. A noite foi rendosa... rendeu inclusive um calo (já estourado) no pé direito, percebido assim que cheguei no ônibus. E por bênção de Deus tinha um 28 no ponto e já quase saindo, cheguei bem na hora. Vim com a cabeça girando de tanta coisa fervilhando dentro dela... mas com uma sensação boa de que "estou andando".

Já marquei com meu orientador nosso primeiro encontro oficial na próxima quinta à tarde. Tenho tanta coisa pra fazer... que às vezes desejo simplesmente não pensar. Mas é claro que não posso fazer isso. Vou é agilizar a coisa, pra não me perder nem perder tempo. Mas agora é hora de tomar banho e dormir... ;)

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Finalmente...

Hoje consegui encontrar com o meu "objeto de estudo". E olha que foi por pouco que não dava errado novamente... ele havia esquecido, e disse que estava de saída. Eu que não chegasse um pouquinho antes, pra ver se ainda o encontrava... rai ai...

Anyway... foi produtiva a manhã. Fora o fato de que a pilha do mp3 que estava gravando a conversa deu uma arriada básica de uma vez, e tive que morrer nas anotações. Mas deu pra ter uma boa noção do começo da carreira de radialista... e foi mesmo "paixão", pois ele contou que desde menino ouvia os locutores da rádio Bandeirantes de SP e da rádio Globo do RJ... no poste, na frente de casa.

Conversamos também sobre a parte comercial, anotei os valores e planos diferenciados para propaganda e assisti um bocado do que ele passa na TV, que fica lá no alto, também, mas não todos os dias. Também conversamos sobre a parte técnica e as dificuldades de equipamentos...

Marcamos um encontro semanal às quartas à noite, na casa dele, pra depoimentos mais completos. Começo amanhã.

Outra parte do trabalho é fazer contato com os anunciantes, para verificar o resultado das propagandas. Dos 9 anunciantes que percebi ontem, conheço 2 pessoalmente, já facilita. Vou agilizar isso, porque quero ver esse trabalho render e logo! Tenho fé em Deus que cumpro o cronograma sem atraso!

Quis tirar umas fotografias hoje, mas como ele estava "de saída"... achei melhor deixar pra outro dia. Aguardem cenas dos próximos capítulos.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Bolo

Confeitado e recheado. Foi o que levei hoje. O Sr. Emirom marcou comigo às 9h, cheguei 15 minutos antes, e nada de ninguém me esperando nem o studio aberto. Só que a rádio estava funcionando.

Aproveitei, e sentei num banco próximo a uma das caixas de som e comecei a prestar atenção e anotar o que estava sendo exibido. A primeira coisa que percebi foi o pequeno alcance. Juntando com o barulho dos ônibus, é quase que um esforço ouvir a rádio.

Anotei os anunciantes, (nove, em meia hora, alguns repetindo 3 vezes, outros uma vez só) para depois entrar em contato e tentar avaliar o resultado comercial dessas propagandas.

Nessa meia hora que fiquei lá, tocaram três músicas seguidas, do mesmo cantor, uma coisa meio sem classificação, parece forró, ou sertanejo... mas "gospel". Vou jogar no Vagalume pra ver se acho alguma referência.

Pois é isso. Comecei.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Tentativa de contato

Hoje fui pela terceira vez esta semana ao terminal, tentar encontrar o Sr. Emirom. Das duas primeiras, o box onde funciona o studio da rádio estava fechado, e apesar das caixas de som estarem penduradas (ele retira todos os dias, ao final do expediente, segundo me informaram) ele não estava por lá.
Desta vez consegui encontrar o box aberto, a rádio funcionando, mas nada dele. Estava lá a filha, Cris, que me atendeu com muita gentileza, e me deu o número do celular do pai. Liguei, e agendei nosso primeiro encontro para a segunda-feira, às 9 da manhã. Acho que agora consigo. Preciso explicar a ele como será o processo, dar o termo de consentimento de uso da entrevista pra ele assinar, e começar a conversar.


As apresentações, por favor?

Chegando ao fim do curso de Comunicação Social com habilitação em Rádio e TV da UESC - Universidade Estadual de Santa Cruz, em Ilhéus - BA, está na hora de me jogar no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).

Resolvi registrar aqui todo o processo do meu trabalho, para não encher o saco de quem vai no meu blog pessoal e não estiver interessado no meu diarinho acadêmico.



Claro que não posso deixar de apresentar meu orientador. Prof. Hélcio Pacheco, que tem sido além de orientador, amigo. Suuuuper gente boa, agradeço a Deus que foi ele que veio substituir a "pró"... Ayêska, que seria minha orientadora se não tivesse saído pra doutorado. Mas ela vai estar na minha banca, junto com o prof. Antônio Xavier, que foi quem me ajudou no start pra esse estudo.

Ó aí o post vindo do Deixo Ler:

"Análise da construção e funcionamento da rádio-poste
Sonorização e TV Maré Mansa, na cidade de Ilhéus - Bahia
"

Grande??? Pois é o título do meu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) vulgarmente conhecido como Monografia ou mono, para os mais íntimos.

A intenção é fazer uma análise da construção e funcionamento da rádio-poste denominada “Sonorização e TV Maré Mansa” (SMM), localizada no terminal de ônibus urbano aqui em Ilhéus.

Dentro dos questionamentos, está compreender as motivações que levam seu proprietário, o Sr. Emirom Martins a manter este serviço há cerca de 9 anos, sem que haja um retorno financeiro visível, e isto sem quaisquer subsídios, sejam governamentais ou de instituições privadas.

Também penso em questionar o alcance qualitativo e quantitativo da ação social e comercial da emissora, que se caracteriza como “rádio comunitária”, uma vez que parte da própria comunidade em que está inserida, e atende aos requisitos de baixa potência, sem fins lucrativos e envolvimento social na comunidade.

Considerando a ausência de registros formais da história do rádio na região grapiúna no que tange ao formato de rádio-poste, meu TCC vai também se tornar subsídio científico para futuras pesquisas e trabalhos acadêmicos acerca da história do rádio na cidade de Ilhéus.

Eu estou bastante empolgada com o trabalho, especialmente por ser algo prático, que não vai me fazer passar horas sentada na biblioteca ou lendo mil coisas. Sim, claro que terei que ler, para fazer o embasamento teórico, mas a essência está mesmo no formato de "história oral", usando o método biográfico, já que a história da emissora se funde com a do seu proprietário.

De início, vou fazer uma pesquisa de campo para identificar os sujeitos relevantes, além do sujeito principal, dentro do universo de estudo, e a partir dessas visitas de observação e contato inicial, serão realizadas entrevistas semi-estruturadas para aprofundamento do estudo.

Só explicando, a entrevista é um instrumento no qual o pesquisador tem por objetivo obter informações do entrevistado relacionadas a um objetivo específico. Pretendo utilizar a entrevista semi-estruturada, que é caracterizada pela "...formulação da maioria das perguntas previstas com antecedência e sua localização é provisoriamente determinada." (COLOGNESE e MÉLO, 1998). Nesse tipo de entrevista, o entrevistador tem uma participação ativa, pois apesar de se guiar por um roteiro, ele pode fazer perguntas adicionais a partir do que foi dito pelo entrevistado, seja para esclarecer questões ou para melhor compreender o contexto.